Das estradas da vida, foram nas tuas curvas que me perdi.
Nesse emaranhado labiríntico de prazer e descoberta, galguei os separadores e caí na ravina da tua pele.

Andei sem destino, e, atordoado pela queda não planeada, colhi as sementes espalhadas pelo vento, cavei a superfície e plantei as flores que viste desabrochar.

Juntos escalamos os montes e descemos até ao vale, onde nos afogamos no ar rarefeito do prazer.

Percorremos quilómetros com as mãos e a língua sorvia o suor que o deserto deixava antever.

Nessa paisagem perdi-me, até que me encontraste.


By me
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