Mais um dia nasceu.
Um dia que viu desabrochar as flores que antecipavam a Primavera, onde os pássaros cantavam as primeiras melodias de um festival que se repetia todos os anos.

Um dia que tanto prometia e tão igual aos já tantos que me assombravam desde... Sei lá quando.

Mais um dia. Um dia em que tudo era igual.

Os olhos, já cansados de mirar o escuro, abriram-se lentamente.
As nuvens, tão negras e, ainda assim, tão magestosas, anteviam a tempestade que já se formara em mim.

Os gritos, misturados com os trovões, desafinavam numa dança muda.
À espera.
Sempre à espreita.

Amanhã haverá nova batalha. Tudo será  diferente e, mesmo assim, uma repetição de ontem. Amanhã pensarei nisso.

Mais um dia... Só preciso de mais um dia.

By me
Photo Fran García

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