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em fevereiro 10, 2020

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Queres vir dar uma volta na minha lambreta, enquanto te seguras à minha cintura? Prometo que ponho as rodinhas de apoio...

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"Não sei o que aconteceu..." Alfredo deixou-se cair lentamente no chão, desolado e impotente por não realizar uma simples tarefa. Ele, que desde cedo aprendera a agradar às mulheres da sua vida. Aquelas que, extasiadas, o recompensavam com beijos carinhosos e onde, às vezes, sorria com as palmadas que o deixavam com marcas momentâneas. "Não te preocupes. Eu sei que é difícil fazer separação de cores para a lavagem da roupa. Nas primeiras vezes estragamos sempre algumas peças (...) Amanhã já vais fazer melhor" By me Photo unknown

Tenho em mim a tua poesia, o verso com que me embalas. Tens nas rimas, os gestos que desfiam as páginas que escrevemos. Tenho-me em ti e no encaixe das palavras que povoam o ar da noite, onde a pena e a tinta são a ligação ao mundo terreno. Tens-me em ti, na suavidade do sopro com que humedeces cada estrofe. Lês-me. Leio-te Registramos vontades. By me Photo unknown

Os meus braços são hoje troncos velhos e inertes que pousam descuidadamente no chão, já depois de derrubados pelas tempestades que assolaram o meu corpo. Os meus pés, cansados pelo peso da vida madrasta, recusam-se a rastejar mais pelas areias que se espalharam na serpente de socalcos, aqueles íngremes gumes que rasgaram os sonhos que viviam em mim. O tempo não foi meu amigo. Os minutos transformaram-se em penas de prisão perpétuas que, só de quando em vez, me é permitido um vislumbre de sol que aquece, por breve instantes, o frio que mora em mim. Não consigo ser a fortaleza que conheceste. Estou tão cansada de lutar contra o que não vejo, de chorar pelo que não conheço, de ansiar pelo que não sei. By me Photo unknown

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