"O que faço sem ti?", pergunta ela, enquanto, de forma lânguida e sem pudores, se ajeita na cama ainda molhada pelas horas em que fomos um só.

Como se fosse a primeira vez, observo com orgulho a mulher que deposita os seus olhos semicerrados em mim.

O seu corpo, suave, parecia uma escultura. As curvas guardavam as marcas que o tempo não perdoou, exibindo as suas medalhas de guerra.

Os seus cabelos, escuros como a noite, faziam antever a prata que emoldurava aquele rosto já com os traços dos anos e contavam histórias... Que eu tanto amava.

"Nunca vais descobrir", respondi antes de sucumbir novamente àquele chamamento.

By me
Photo Alex Apprich

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